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  • Cardápio Digital Ou impresso? Debate Chega À Assembleia Legislativa Do RJ


  • Projeto de lei obriga bares e restaurantes a ofereceram o cardápio impresso aos clientes.

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou recentemente um projeto de lei que determina que bares e restaurantes sejam obrigados a disponibilizar o cardápio impresso aos clientes

Atualmente, muitos estabelecimentos adotaram o cardápio digital, utilizando QR Code para acesso às opções de alimentos e bebidas.

A utilização da tecnologia neste setor tem gerado opiniões divergentes. Enquanto alguns apreciam a comodidade e interatividade do cardápio digital, há aqueles que ainda preferem a sensação tátil e familiaridade do menu tradicional.

“Eu pessoalmente prefiro o digital, porque cada um, com seu próprio celular, pode ver ali o que tem”, diz uma cliente.
“Eu prefiro o físico. Acho que ele é mais fácil, mais acessível a qualquer pessoa", opina outra pessoa.

A opinião sobre o uso de cardápios digitais também varia entre os empresários do ramo. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, 63% dos proprietários adotaram ou estão implementando o cardápio digital em seus estabelecimentos, enquanto 11% já deixaram de utilizá-lo.

Cardápio digital pode excluir clientes sem acesso à internet ou que não estejam portando o aparelho — Imagem: reprodução

Ainda segundo a pesquisa, mais da metade (54%) dos defensores do uso da tecnologia nos cardápios afirmam que ela proporciona uma apresentação mais atrativa. Além disso, 42% dos entrevistados destacaram a redução de custos.

A discussão em torno da preferência entre cardápio físico e digital chegou às casas legislativas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. 

Deputados estão propondo que seja exigido o retorno do cardápio físico nos estabelecimentos. 

O argumento utilizado é o de que há pessoas que não possuem celulares ou acesso à internet, o que dificulta o uso do cardápio digital e pode excluir parte da população do acesso às informações sobre os produtos oferecidos pelos estabelecimentos.

“Eu acho que o cardápio físico gera uma identidade da marca com o cliente. Fora que, às vezes, o celular está um pouco sem bateria, você está com alguém que não consegue acessar e tem alguma dificuldade. Eu acho que dificulta, sim, o acesso”, relatou uma gerente de restaurante.

Apesar de não haver uma lei aprovada sobre o assunto, alguns estabelecimentos têm adotado uma abordagem flexível, permitindo que os clientes escolham entre o cardápio digital ou físico. 

Um exemplo disso é uma cafeteria em Belo Horizonte, onde os clientes têm a liberdade de optar pela forma de cardápio que preferirem, seja digital ou físico.